Gerenciar Racks no GLPi

Gerenciar Rack no GLPi

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Nesta postagem, contribuiremos com o seu conhecimento ensinando como gerenciar racks no GLPi, tornando o sistema um forte aliado na gestão da infraestrutura de TI, inclusive, apoiando na tomada de decisões técnicas e estratégicas sobre onde e como instalarmos novos componentes de infraestrutura.

Nesta postagem, contribuiremos com o seu conhecimento ensinando a gerenciar racks no GLPi, tornando o sistema um forte aliado na gestão da infraestrutura de TI, inclusive, apoiando na tomada de decisões técnicas e estratégicas sobre onde e como instalarmos novos componentes de infraestrutura.

Fonte do material

Como nosso objetivo na Verdanatech é de sempre promovermos a melhoria contínua então, é normal a remoção de alguns conteúdos menos importantes de nossos treinamentos para podermos inserir conteúdo que possuam maior relevância para a formação dos profissionais que o consomem. Este foi o caso do módulo de Gerenciamento de Racks.

Não que este módulo não seja importante, ou que não exista mais nada sobre ele em nossos treinamentos. Até porque o consideramos trivial para determinadas áreas de atuação e ele é muito mais explorado em alguns treinamentos que damos voltado a infraestrutura de redes. Mas, existem assuntos mais importantes a serem explorados durante determinados treinamentos e que merecem maior atenção e tempo de desenvolvimento com os alunos durante as aulas.

Pensando nisso, tomamos a medida de removemos partes de nossos treinamentos e as transformamos em materiais disponível para a Comunidade como um todo, fazendo valer a nossa Missão de Gerar Profissionais melhores para nós e para o mercado em geral.

Como de praxe, gostamos de embasar nossos artigos e treinamentos em Normas, Frameworks de boas práticas e vivência Profissional. Claro que com nossos posts não dá para ser diferente.

Para este, trouxemos parte de nosso conhecimento, não apenas de Operação do GLPi ou de Gestão em TI, mas adicionamos carinhosamente um pouco de vivência em campo, montando infraestruturas de rede e também, temperamos com um pouco de material e feedbacks da época de Professor Universitário do Curso de formação de Tecnólogos em Redes de Computadores.

Espero que curta! 😉

Gerenciar racks de ti no GLPi – Introdução ao módulo Rack

O GLPI possuía, até sua versão 9.2, um plugin para auxiliar o gerenciamento de racks de TI. O plugin era algo simples mas, poderosamente funcional, trazendo benefícios para auxiliar o gerenciamento da infraestrutura de TI.

gerenciar racks de ti no GLPi
Imagem retirada do livro “Central de Serviços com Software Livre: Estruturando uma Central de Serviços com o GLPi” edição 2

A partir da versão 9.3 do GLPi, ele deixou de ser desenvolvido como um plugin, propriamente dito, e integrou-se ao CORE do sistema. Com isso, foi realizado também, melhorias em seu design, dando um toque mais realístico aos itens quando montados, dando a possibilidade de termos algo similar a imagem a seguir:

gerenciar racks de ti no GLPi
Rack montado no módulo de Gerenciamento de Racks do GLPi

Tal como qualquer coisa no GLPi, os racks são meramente Itens de Configuração (assista nosso webinar se não conseguir descrever o que é um IC) que podem ser adicionados e gerenciados dentro do sistema.

A grande diferença, neste caso, é que seu gerenciamento vai um pouco além, e nos permite ter uma visão gráfica de como o Item de Configuração está ficando.

Embora ter uma visão gráfica e fiel da representação do Item de Configuração não seja obrigatório por alguma Norma, essa possibilidade enche os olhos de Clientes que gostam de saber como estão sendo entregues seus serviços e facilita também a vida de analistas e gestores na tomada de decisões, tal como: onde este novo equipamento deve ser instalado?

O que é um Rack

Racks são estruturas, geralmente feitas de aço para comportar equipamentos de TI como servidores, switches, paineis de cabos, dentre outros.

Possuem uma importância tanto do ponto de vista estético, deixando tudo mais bonito e organizado, quanto do ponto de vistá de segurança, deixando ativos de TI inacessíveis para pessoas que tenham acesso ao mesmo ambiente em que o rack está.

Para que usar um rack

Os racks são utilizados para ajudar a organizarmos e, de certa forma também proteger, a estrutura física dos componentes de TI, sejam ativos (equipamentos) ou passivos (cabeamento estruturado).

Podem ainda ter finalidades distintas dentro de uma Organização, ou mistas, dependendo de cada necessidade e capacidade:

  • Comportar Servidores da Rede,
  • Equipamentos de Telecom,
  • Ativos de Rede como Switches, roteadores, controladores wifi, dentre outros,
  • Equipamentos de Telefonia,
  • Cabeamento estruturado,
  • Ou ainda, ser uma mistura de alguns destes itens, ou todos ao mesmo tempo.

Em organizações maiores, é comum termos racks dedicados a cada função:

  • rack de telecom
  • rack de servidor

Por gozarem de maior espaço físico, maior poder aquisitivo e maior nível de complexidade de sua infraestrutura, segregam seus recursos de forma a elevar o nível de segurança e de gestão.

Nas organizações menores, o cenário é o oposto. Geralmente temos um único rack, de pequeno a médio porte, que tem a missão “quase impossível” de comportar tudo o que temos.

Por vezes, ao visitar novos clientes, nos deparamos com pequenos racks com equipamentos acomodados acima destes.

O motivo? Quase sempre o mesmo:

O Rack foi comprado no tamanho errado!

Um problema muito comum que ocorre por falta de planejamento de infraestrutura de TI ou o seu alinhamento ao Planejamento do Negócio.

Como medimos um Rack

Quem passou pelas nossas aulas no curso de Tecnologia em Redes de Computadores, tenho certeza que não tenha dúvida do que se trata uma Unidade de Rack. Mas, é comum, infelizmente, ainda encontrarmos Profissionais no mercado, mesmo formados, sem este devido conhecimento. Então, aqui esclareço o que é uma Unidade de Rack.

A Unidade de Rack ou simplesmente “U” como pronunciamos no dia a dia, trata-se da Unidade de Medida usada para medirmos e informarmos a ALTURA de dispositivos que ficam dentro de um Rack, tais como Servidores, Switches, Roteadores e qualquer outro dispositivo, seja ele ativo ou passivo (falaremos de ativos e passivos jám já).

Logo, quando compramos um Rack, é importante entendermos que a sua altura, no que tange a capacidade de acomodações de itens será dada em forma de “U”, ou seja, se comprarmos um rack de 12U, significa que este comporta até 12 equipamentos de 1U empilhado em seu interior.

Uma Unidade de Rack é equivalente a 1,75 Polegadas , o que por sua vez, se traduz a 44,45mm, usando nosso sistema de medida padrão.

Então, quando falamos sobre alturas de equipamentos em um Rack, sempre nos referimos a mesma em “U” – (Unidades de Rack).

Outro ponto importante a esclarecermos, é que os “U”(s) dos racks são contados de baixo para cima e assim referenciamos em que posição exata onde está cada Equipamento.

gerenciar racks de ti no GLPi
Disposição das Unidades de Rack (U) em um rack

2U ou 2Us?

Achamos interessante trazer essa pequena questão por que é normal para nós colocarmos o danado do plural sempre que for mais de 1 item. Nosso cérebro foi treinado assim desde criança. Pelo menos deveria ter sido.

Mas, U trata-se de uma unidade de medida e não de uma palavra propriamente dita. Então, existem regras quanto a sua aplicação.

Quando tratamos de metros, por exemplo, não adicionamos a letra “s” para nos referirmos a 1000 m, embora o façamos na pronúncia. Por convenção, ele (m) deve ser mantido em letra minúscula (caixa baixa) e apenas a letra “m” propriamente dita. E isso se faz para centímetros (47 cm) e milímetros (457 mm).

Para o “U” que representa a Unidade de Rack, é definido o uso da letra “U” em maiúsculo (caixa alta) e, tal como os demais, sem acréscimo do “s” em sua notação.

Logo, o certo é:

  • 1U – Uma unidade de rack ou pronuncia-se: Um “u”
  • 2U – Duas unidades de rack ou pronuncia-se: Dois “us”
  • 3U – Três unidades de rack ou pronuncia-se: Três “us”
  • 44U – Quarenta e quatro unidades de rack ou pronuncia-se: Quarenta e quatro “us”

Nunca adicione o “s” junto a Unidade de medida (U) ao documentar o Projeto.

Largura dos Racks

O padrão para o espaço interno útil de um rack é a medida de 19″ (dezenove polegadas). Essa tende a ser então a largura entre as Barras de Fixação dos ativos dentro do rack (da esquerda até a direita).

Porém, é importante entendermos que esta é uma largura entre as barras de fixação, ou seja, espaço interno onde comportamos os ativos e passivos. Agregado a isso, temos a carcaça do rack que, tanto o enfeita, quanto protege seus equipamentos deixando-o mais largo que 19″.

Exemplo de como um rack é mais largo que 19″

Cuidados com os detalhes dos racks

É importante ressaltarmos que, embora a quantidade de U defina a capacidade de acomodar ativos e passivos em sua estrutura interna de forma vertical, ela não define a altura real do rack. Assim como 19″ definem apenas a largura padrão entre as barras de fixação de ativos e não os limites entre as extremidades dos racks. Essas medidas apenas apresentam a suas capacidades internas. Tanto altura, quanto largura total do rack, assim como a profundidade, ainda nem citada, variarão de fabricante e modelo adquirido.

Os racks possuem os mais variados tipos, tamanhos, acessórios e recursos e até materias que os compõem. É importante que o arquiteto da rede fique atento as especificações de cada modelo e fabricante quando for construir o ambiente.

É comum nos depararmos com projetos mal desenhados, onde foram adquiridos racks considerando apenas sua capacidade em U e todas as suas características externas foram desconsideradas.

Em alguns casos o rack não pôde ser utilizado. Em outros demandou adaptações que poderiam ter sido evitadas. De toda forma, isso gerou problemas com desperdício de tempo e dinheiro para os projetos.

Ao adquirir um rack, é importante termos certeza de qual o seu tamanho real, de forma a validarmos se o mesmo caberá ou não no local onde será instalado. Assim como também, precisamos entender e mapear quais equipamentos serão instalados em seu interior agora e num espaço de tempo futuro. Isso ajudará a planejar o uso mais eficiente do rack e disposição dos equipamentos em seu interior.

Outros detalhes importantes que podemos contribuir nesta postagem e que valem sua atenção são:

  • Peso
  • Resfriamento

É muito importante nos atentarmos ao peso comportado pelo rack que estamos adquirindo (soma total do peso dos ativos que dele depositaremos) para garantir que não comprometeremos sua estrutura física, conforme as especificações dos Fabricantes.

Ainda sobre o peso, existem racks de fixação em paredes. É importante tanto a capacidade do rack quanto da parede. Para estes casos, é importante uma conversa e alinhamento com o engenheiro responsável pelo projeto, para garantir que não criaremos problemas desnecessários.

Outra características é relacionada ao resfriamento do rack.

Alguns racks possuem ventoinhas ou outros recursos para auxiliar o resfriamento dos equipamentos que estão em seu interior. Essa característica deve ser levada em conta não só apenas pelos itens que dentro do rack estarão, bem como também que recursos de ventilação e seu posicionamento no rack.

Racks com resfriamento posicionados em sua parte superior, incidem em alto nível de risco operacional, caso estes estejam posicionados exatamente abaixo de sistemas de refrigeração, onde podemos ter saída de água por problemas de refrigeração.

Quando a refrigeração é lateral, por exemplo, precisamos analisar se existe espaço de fato na lateral do rack para que o ar circule livremente, de forma a favorecer a troca de ar quente por ar frio. Caso contrário, podemos ter uma obstrução e com isso um aquecimento.

Apenas alguns detalhes para colaborar com os iniciantes. Afinal, planejar é a chave do sucesso para qualquer Projeto! 😉

Medindo equipamentos para uso no Rack

Quando montamos um rack, podemos ocupá-lo nas 3 dimensões: altura, largura e profundidade.

Precisamos ser racionais na hora de projetarmos a disposição de cada item. Precisamos pensar:

  • Qual a altura total que precisarei (hoje e no futuro) par acomodar os equipamentos de forma correta?
  • Quando necessário, poderei adquirir outro rack ou terá de ser tudo neste mesmo rack?
  • Quais equipamentos podem ficar um do lado do outro em uma bandeja?
  • Quanto de profundidade cada equipamento ocupará no rack?
  • Qual o peso que este rack suportará?
  • Qual o peso de cada equipamento que será instalado no rack?
  • Qual a carga elétrica necessária para ativar todos os equipamentos?

Todas essas, e mais algumas, são questões que precisamos refletir e responder durante o planejamento da rede e do layout do rack.

Convertendo a altura dos equipamentos de cm para U

O que costumamos ver com alunos na Universidade que já estão na ativa ou mesmo nos treinamento que ministramos, é que, na maioria dos casos, eles “chutam” quantas Unidades de Rack serão ocupadas por determinado equipamento. Em outros casos, ouvi relatos de terem colocado o equipamento dentro de um rack e contarem quantas unidades foram gastas.

A verdade, é que a conta é simples. E, para fazer um Projeto descente, não custa nada você abrir a calculadora do seu GNU/Linux (claro que você está usando Linux, você é um profissional de TI e não um mero usuário…rsrs) e executá-la.

Vamos a um exemplo prático:

Vou usar um servidor que temos aqui pra testes na Verdanatech. Este servidor é um Dell T110 II. Na página do fabricante, temos as dimensões deste equipamento (AQUI).

Servidor de Torre Dell PowerEdge T110II

Como o que estamos preocupados neste momento é o consumo de U que o servidor fará, então, nosso foco será a sua altura. Para converter centímetros (cm) em unidades de Rack (U), basta realizarmos a seguinte equação:

U = cm / 4,445

Fórmula para conversão de centímetros em unidade de rack

Seguindo nosso exemplo, teríamos então, o total de 10,43U consumidos para comportar o nosso servidor.

Conversão de cm para U

Quando o resultado for um decimal, e quase sempre é, a regra é arredondarmos sempre para cima. Não dá para espremer e fazer caber, estamos lidando com algo mecanicamente inflexível, como o servidor e o rack. Sendo assim, estamos cientes que, para projetar um rack onde o servidor Dell PowerEdge T110II ficará em seu interior, precisamos reservar exatos 11U para o servidor.

Analisando o que cabe lado a lado

Conforme já vimos, um rack possui em seu interior, um espaço de 19″ de largura. Isso nos dá um total de 48,26cm para trabalharmos entre a extremidade esquerda até a direita, ou seja, teríamos ainda 29,33cm por 11U de altura para aproveitarmos do lado do rack. Isso porque sequer discutimos sobre a profundidade desse rack.

Espaço em um rack vale ouro. E tem de ser aproveitado da melhor forma possível. Lembrando que isso é diferente de “a todo custo”. Afinal, temos sempre de ser racionais.

Imaginemos que o servidor esteja acima de uma bandeja. Sobrará boa parte dessa bandeja para colocarmos outros equipamentos de menor porte, tais como:

  • Conversores de mídia
  • DIO
  • Unidade de backup LTO
  • Outros Computadores
  • Firewalls UTM de pequeno porte
  • Switches de pequno porte
  • e qualquer outra coisa que venha a caber.

O GLPi, embora de uma forma um pouco limitada, permite usar este espaço lateral que sobra.

gerenciar racks de ti no GLPi
Raspberry PI 3 ao ldao de um Servidor Dell PowerEdge T110II

A Profundidade dos equipamentos

Se reparar na foto do verso do rack, o Raspberry PI 3 que aparece na foto frontal do rack, não aparece na trazeira. Isso porque podemos definir no GLPi a profundidade do equipamento no rack.

Enquanto temos o padrão de largura interna de 19″ e a altura medida em Unidades de rack para nos guiar, ficamos um tanto quanto incapacitados de prever a profundidade do rack. Cada modelo de cada fabricante pode ter a sua própria profundidade. Então, este é mais um ponto de atenção que devemo ter ao adquirir ou mesmo desenhar layouts de racks.

Já recebemos entrada de Projetos onde o Cliente jura ter comprado tudo mas, quando vamos ver, o servidor é mais profundo que o rack. Gerando a demanda de troca de rack ou mesmo de servidor, a depender da capacidade financeira da empresa, relacionamento com fornecedor e espaço para aplicação. Muitas vezes, simplesmente não há espaço para acomodação de um rack maior.

Mas, o que nos importa é que, no GLPi, podemos descrever a profundidade que um determinado item ocupará no rack.

Esta profundidade é definida em frações:

  • 1 – Um inteiro (100% de ocupação)
  • 1/2 – Um meio (50% de ocupação)
  • 1/3 – Um terço (33% de ocupação)
  • 1/4 = Um quarto (25% de ocupação)

Embora seja um tanto quanto limitado (apenas 4 opções), atende perfeitamente a seu propósito. Não devemos ficar espalhando coisas demais em uma badeja. O nome disso é outra coisa…

A imagem a seguir exemplifica com uma vista de superior (rack sendo visto de cima para baixo) a ocupação da área de um item dentro do rack em frações, sendo a área ocupada preenchida de verde:

gerenciar racks de ti no GLPi
Exemplo de ocupação de rack em frações

Repare que, na imagem acima, focamos apenas na característica de profundidade que, dada a posição que estamos vendo o rack (vista superior) seria simbolizado com o preenchimento de cima (lado frontal do rack), para baixo (fundos do rack).

Mas, voltando a provocação do Raspberry que aparece na foto frontal e não aparece na foto dos fundos do rack, o motivo é exatamente este: ele não ocupa uma profundidade total no rack, por isso não é exibido, diferentemente do servidor que está ao seu lado.

Não que o GLPi saiba disso instintivamente, ou como mágica. Nós definimos essas características e o GLPi apenas apresenta os resultados delas no nosso trabalho.

Criando Tipos de Racks no GLPi

Quem já leu nosso Livro “Central de Serviços com Software Livre: Estruturando uma Central de Serviços com o GLPi”, assistiu ao nosso webinar sobre Gerenciamentos de Ativos, ou então consumiu nossas mais de 24 horas em treinamento EAD na Udemy, sabe que isso para Ativo nós é coisa séria.

No que tange o universo dos racks, os 2 principais modelos que podemos citar são:

  • Rack de Piso – Rack com pé para ser instalado sobre um piso
  • Rack de Parede – Rack sem pé, para ser fixado em uma parede por sua parte inferior com uso de parafusos e buxas de fixação

São 2 tipos de rack que mais encontramos no mercado.

Claro que podemos descer mais o nível e termos outros tipos como rack de piso de 2 portas, com portas laterais, e mais e mais características. Mas cabe a cada Organização saber até que nível gastará recursos para gerenciar características de seus ativos.

Com estes 2 tipos de rack é provável que consiga realizar um bom nível de gerenciamento de seu ambiente e de seus clientes, caso seja um prestador de serviços externo.

Para criar tipos de racks no GLPi, você deve proceder da seguinte forma:

Passo 1

Acesse “Menu principal > Configurar > Listas suspensas”

Passo 2

Na sessão “Tipos”, procure por “Tipos de rack” e clique em seu link.

Passo 3

Clique no botão de “Adição de novo Item” e cadastre seu novo Tipo de Rack.

gerenciar racks de ti no GLPi
Criando Tipo de Rack no GLPi

Passivos comumente utilizados em Racks

Para além dos Ativos de Rede e Servidores, os racks também tendem a comportar acessórios, os quais chamamos de Passivos.

Os passivos mais utilizados e, consequentemente conhecidos são:

  • Patch panel
  • Guia de cabo
  • Tampa cega
  • Bandeja

Patch Panel

Os painéis de cabo ou Pacth Panel como são conhecidos popularmente no nicho técnico, tratam-se de painéis usados para a chegada do cabeamento estruturado, dispondo de tomadas de conexão no padrão RJ45 para então prover a conexão de Pontos Terminais (que chegam via cabeamento estruturado) a outros dispositivos de rede dentro ou fora do Rack.

gerenciar racks de ti no GLPi
Imagem retirada do Livro “Central de Serviços com Software Livre: Estruturando uma Central de Serviços com o GLPi

Para a interconexão dos dispositivos, sejam ativos ou passivos, são utilizados cabos pequenos de tamanhos variáveis, os quais conhecemos como Patch Cords, tal como a imagem acima e abaixo representa:

Imagem retirada do Livro “Central de Serviços com Software Livre: Estruturando uma Central de Serviços com o GLPi

Existem vários tipos de Patch Panels. Os mais comuns possuem 1U de altura e 24 portas RJ45.

Imagem de um Patch Panel de 24 portas e 1U de altura

Mas também podemos encontrar, não com a mesma facilidade que o de 24 portas, Pacth Panels de 48 portas que ocupam 2U de altura.

Imagem de um Patch Panel de 48 portas e 2U de altura

Guia de Cabo

As guias de cabo nos auxiliam a organizar os patch cords dentro dos racks, de forma que o rack não fique aparentando um “macarrão escorrido”, termo muito comum quando os cabos estão soltos e desorganizados.

Removendo esse pessoal feliz aí em estar fazendo um baita trampo de reorganização de um rack em pleno feriado, temos o “macarrão escorrido” e azul para exemplificar como um rack organizado não deve parecer.

gerenciar racks de ti no GLPi
Foto de um rack que não possuía organizadores de cabo: acervo Verdanatech Soluções em TI, 2017. Decima para baixo: Halexsandro Sales, Renato Cesar, Vangelles Lemos
gerenciar racks de ti no GLPi
Foto de um rack mal organizado: acervo Verdanatech Soluções em TI, 2017

Quando projetamos um rack, é normal termos alguns itens já adquiridos para permitir seu crescimento. O organizador de cabos é um destes itens. Logo, podemos ter organizadores com ou sem cabos (vazio) passando em um rack.

Guia de Cabo de 1U Vazia
Guia de cabo de 1U preenchida

Existem também guias de cabo com 2U de altura. Mas essas não são muito comuns de serem utilizadas, até porque, a manipulação e organização de cabos não fica tão fácil em uma guia tão grande. Os cabos ficam mecanicamente difíceis de se manter no lugar.

Particularmente, quando tenho por exemplo, um patch panel de 2U, prefiro adotar 2 Guias de Cabo de 1U para suprir a demanda.

Diferentemente da visão apresentada nos ícones, as guias de cabo vêm com uma tampa, de forma a manter a visão mais limpa do rack, sem termos de ver aqueles fios para lá e para cá comprimidos dentro das guias, ou mesmo as guias vazias. Porém, na representação gráfica, prefiro usar a guia de cabo aberta, expondo se a mesma possui ou não cabos passando. Com isso, ficamos mais próximo da realidade.

Guia De Cabo Baixa Densidade Fechada 2u X 55mm P/ Racks 19
Foto real de uma Guia de Cabo com sua Tampa

Tampa Cega

A tampa Cega possui como objetivo, bloquear a visão do interior do rack. É um artefato interessante para manter o rack visualmente bonito e bem organizado.

Há quem diga que seu uso é desperdício. Mas, se vc bater uma foto de um rack antes das tampas cegas instaladas e depois outra com as tampas cegas instaladas, com certeza lhe agradará mais os olhos o rack com as tampas.

A certeza que compartilho é o fato de que o uso das tampas deixam o ambiente (rack) muito mais bonito e limpo, ocultando os cabos e demais itens que possam estar dentro de seu interior.

Tampa Cega de 1U

No mercado, já me deparei com tampas de 1U até 3U. De forma a permitir uma maior modularidade no Rack, prefiro sempre a de 1U. Fica a dica! 😉

Bandeja

Comumente, possuímos ativos como roteadores pequenos, modems de operadoras ou dispositivos como conversores de mídia que precisamos colocar dentro do rack por motivos como segurança ou mesmo comodidade.

O fato é que estes dispositivos não possuem 19″ de largura e por isso não podem ser fixados no rack de forma convencional. Logo, precisamos de um recurso especial para mantê-los lá e de forma organizada.

Este recurso é a bandeja.

Existem vários tipos de bandejas:

  • Fixa – após sua instalação, não é permitido sua movimentação.
  • Deslizante – possuem corrediças/trilhos em suas laterais, de forma a permitir sua projeção para fora do rack

Embora as bandejas possuam larguras de 19″, sua profundidade pode variar, sendo necessário um carinho especial na aquisição das mesmas quanto a sua compatibilidade com o rack que será utilizado (profundidade do rack).

Bandeja de Rack

É comum também, comprarmos bandejas que ocupem apenas metade da profundidade do rack, apenas para nos atender para uso específico e uma quantidade limitada de equipamentos.

Criando Passivos de Rede no GLPi

A equipe de desenvolvimento do GLPi entendeu e liberou finalmente a possibilidade de se criar Passivos de Rede no sistema. Anterior a versão 9.5 isso não era possível de ser feito. Tínhamos de recorrer a criação de itens em locais inapropriados, caso quiséssimos manter uma visão mais fiel de nosso projeto.

Agora, o GLPi nos permite criar estes passivos e então usá-los para montarmos os racks, sem gerar uma grande bagunça em nossa KMDB, como era até a versão 9.4 do sistema.

Para criarmos passivos no GLPi, basta seguirmos os seguintes passos:

Passo 1

Acesse caminho “Ativos > Dispositivos Passivos”.

Passo 2

Clique no botão de “Adição de Item”.

Passo 3

Cadastre o Passivo.

gerenciar racks de ti no GLPi
Criação de Passivo de Rede no GLPi

Ativos Comumente Usados em Racks

O que vimos até agora foram apenas os itens de configuração do tipo passivo. Agora, veremos rapidamente os principais ativos. Mas é certo que estes você já conheça muito bem.

Os ativos que geralmente usamos em racks são:

  • Switch
  • Servidor
  • Firewall
  • Nobreak

Switch de rede

Os switches permitem interconectar vários dispositivos via rede, como computadores, roteadores, servidores e tudo mais que usar conectores de rede. Não vamos entrar nos méritos de tipos de conectores de rede neste artigo. Ele já está indo bem mais longe do que eu pensei que iria hoje cedo.

Os switches mais utilizados possuem 24 portas e 1U de altura. A imagem a seguir apresenta um switch duma série que sou apaixonado por já ter trabalhado há anos. Diferentemente da maioria, ele possui 24 portas fast e 2 gigas que podem ser usadas para cabo UTP ou cabo de Fibra por meio do uso de Gbics (não entremos nisso agora).

Switch Cisco Catalyst 2960 com 24 portas fastethernet, 2 gigaethernet podendo modular entre SFP e UTP

Essa mesma linha de switches tem a opção para 48 portas fast e 4 gigaethernet. E sua engenharia garante ainda assim, o mesmo 1U de altura. Já disse que sou fã deste cara?

Switch Cisco Catalyst 2960 com 48 portas fastethernet, 2 gigaethernet e 4 giga SFP

Enquanto a maioria dos Switches ocupam apenas uma parcela da profuntidade de um rack comum, outros tendem a ser muito maiores. Principalmente se forem munidos de PoE (Power over Ethernet).

Já encontrei ambientes relativamente grandes em produção onde havia Switch solto em cima do rack, inclusive obstruindo a saída do ar quente pelo simples motivo de ele não caber dentro do rack. Logo, aqui vai outra dica: sempre leia as especificações dos equipamentos antes de adquirir!

Imagem trazeira genérica de um Switch Cisco 2960

Servidor

Com relação a servidores, a oferta no mercado é o mais diversa possível. Temos gabinetes de vários modelos. Mas, os que nos interessa para este momento, são apenas os seguintes:

  • Servidor de Rack – gabinete apropriado para uso em racks
  • Servidor Micro Server – um servidor de pequeno porte desenvolvido pela HP para pequenas empresas

Sobre os servidores de rack, o que podemos colaborar é que estes podem ter diversos tamanhos, tanto em Altura (medidas em U como já vimos), quanto profundidade (necessário analisar se o rack também comporta a profundidade necessária). Em alguns casos mais raros, o servidor em si não possui 19″ de largura mas, vem acompanhado de acessórios para montagem que permitem seu uso e fixação correta em racks.

Imagem Frontal de um Servidor Dell Power Edge R230

Quando vamos instalar um servidor de rack, precisamos nos preocupar tanto com o espaço liberado na parte frontal do rack, quanto com o espaço traseiro do rack, a depender da profundidade do servidor que instalaremos.

Imagem traseira de um Servidor Dell Power Edge R230

Não poucas vezes, a entrada ou remanejamento de um servidor em um rack vai demandar o remanejamento de outros ICs dentro do rack. Estes ajustes devem ser pensados e mapeados na etapa de Planejamento da Mudança e não em sua Execução/Liberação como é o cenário que temos encontrado no mercado.

Quer aprender Gerenciar mudanças? Escreva pra gente: comercial@verdanatech.com, termos o mais prazer em te ajudar!

Firewall

Os firewalls são itens encontrados comumente em racks. Também, pudera. É exatamente ali que eles tendem a operar: na borda das redes!

Hoje, temos encontrado uma gama de firewalls no mercado, variando tanto em fabricante, quanto modelos, tamanhos ou mesmo tipo:

  • Físico
    • Caixa comprada com o fabricante
    • Software instalado em um hardware de servidor
  • Lógico
    • Rodando em uma Máquina virtual que está dentro de um servidor

O que nos interessa aqui é apenas o físico, vendido em um gabinete padrão do fabricante e na maioria das vezes, instalável em racks.

Imagem Frontal de um Firewall Fortinet FortiGate 100D
Imagem Traseira de um Firewall Fortinet FortiGate 100D

Quando um Firewall possui 19″ ou orelhas (adaptadores) para fixá-lo nas estremidades do rack, o mesmo fica suspenso. Quando ele é menor que 19″ e não possui acessório de fixação, o que fazemos na prática, é montá-lo em cima de uma bandeja.

Nobreak

Nosso próximo item é o nobreak. Este item é responsável a garantir uma certa continuidade da operação dos equipamentos quando ocorre a falha no fornecimento de energia.

Existem diversos modelos e formatos de equipamentos, mas estes detalhes não cabem aqui nesta postagem. O que nos interessa é apenas a afirmação de que alguns modelos são próprios para instalação em racks.

Imagem Frontal de um Nobreak APC 3000VA

Apenas para não dizer que eu não disse:

Devido ao uso de baterias, os nobreaks tendem a ser muito pesados. Logo, o ideal é sempre montá-los na parte inferior dos racks de forma a prover uma maior estabilidade, deixando o ponto de equilíbrio do rack mais próximo do piso por conta do peso do nobreak.

Imagem Traseira de um Nobreak APC 3000VA

Criando ativos no GLPi

Não vamos entrar neste mérito aqui no post, tal como fizemos com os Passivos. O motivo? Simples!

Já mais que falamos sobre gerenciamento de ativos, inventário de computadores, inventários de ativos de rede. Então, se tem alguma duúvida quanto a este item, nossa recomendação é que você acesse nosso canal no Youtube (AQUI) para buscar mais conhecimento sobre isso.

Régua, o item que não pode faltar

Um outro item que não pode faltar é a danada na régua elétrica, que nada mais é que uma Unidade de Distribuição de Energia . Também conhecida vulgarmente como extensão – sabia que ia sacar com essa dica final!

No GLPi, ela é chamada tecnicamente de PDU (Power Distribution Unit). Super chique…

As réguas possuem a função de distribuir a energia para os ativos instalados nos racks.

PDU Genérica de 12 Tomadas

Existem dos mais diversos tipos, quantidades de tomadas e recursos, como por exemplo, monitoráveis via rede com o uso do protocolo SNMP (Simple Network Management Protocol).

O ideal é que sejam usadas réguas próprias para racks. Mas claro que no dia a dia encontramos as mais diversas adaptações possíveis.

As réguas podem ficar fixadas na parte frontal, traseira ou até mesmo na lateral do rack. Particularmente, gosto de usá-las instaladas na parte traseira com o encaixe das tomadas para a frente do rack. Isso permite um acesso simplificado para conectar e desconectar ativos, bem como a deixa “escondida” dos olhos curiosos. Para este arranjo sugerido, muitas vezes preciso abrir a lateral do rack para poder ter um acesso facilitado a régua.

Criando PDUs no GLPi

Desde a versão 9.3 o GLPi vem com a possibilidade nativa de se cadastrar PDUs no sistema.

Este cadastro pode ser feito seguindo os passos abaixo:

Passo 1

Acesse “Menu principal > Ativos > PDUs”

Passo 2

Clique no botão de “Adição de Itens”

Passo 3

Adicione sua PDU com suas devidas características.

gerenciar racks de ti no GLPi
Adição de item PDU no GLPi

Montar racks no GLPi

Claro que o que conversamos até agora foi com o objetivo de convertermos este conhecimento todo para o nosso querido GLPi.

Com o GLPi podemos montar uma imagem de nossos racks usando os itens que temos em nossa Base de Configuração e então termos um ótimo nível de gestão sobre estes itens.

Adicionando um Rack ao GLPi

Para criar um rack, basta acessar o sistema em “Menu Principal > Ativos > Racks“.

gerenciar racks de ti no GLPi
Gerenciamento de Racks no GLPi

Agora, basta clicar no item de Adição de Item para criarmos nosso primeiro Rack no sistema.

Para nosso exemplo, utilizaremos de alguns dados que coletamos de um frabricante para o rack de 24U, lembrando que estamos usando um mero exemplo fictício. Para casos reais, você deve procurar os dados junto a seu fornecedor ou site do fabricante.

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Dados do rack preenchido

Após o cadastro do Rack, o mesmo está disponível para podermos “decorá-lo” como bem entendermos.

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Rack criado no GLPi

Adicionando Itens ao Rack no GLPi

De forma a proporcionar uma melhor experiência, demonstraremos a configuração de alguns itens citados aqui nesta postagem.

O primeiro item que adicionaremos é o Nobreak. Este equipamento, conforme citado anteriormente, é mais pesado. Logo, o instalaremos na posição 1 do rack. Deixando a maior parte do peso concentrado na região inferior do rack.

Para isso, basta clicarmos no centro da Unidade 1 do rack no sinal de Adição (+) que aparece ao passarmos com o mouse nessa região:

Link para adição de Item ao Rack na Unidade 1

Será aberto um modal (nome chique que aprendi com um de nossos desenvolvedores) perguntando qual o tipo de item que desejamos inserir ao rack.

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Inserção de item no rack

As classes de ativos permitidas pelo GLPi para uso nos Racks são:

  • Computador
  • Monitor
  • Dispositivos de Rede
  • Dispositivos Genéricos
  • Chassis
  • PDUs
  • Dispositivos passivos (graças a Deus a ficha caiu para a inserção destes itens)

Ao selecionar qualquer uma das classes, o GLPi listará então os ativos para que selecionemos um e o “instale” no Rack.

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Inserindo um computador no Rack

Após a seleção do item, basta clicar no botão “Adicionar” e então terá seu ativo instalado.

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Servidor Dell R230 instalado na posição 14 do Rack

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